São tantas pessoas que vem me visitar que começo a me perguntar de onde eu as conheço. Certamente, depois de passar essa semana vou ser mais cumprimentado do que nunca. Me sinto em dívida eterna com essas pessoas, pois acho injusto não conhecê-las como elas me conhecem. Existe uma glamourização do trabalho do artista, sua vida, sua existência que seja. Me vejo apenas como que dá um pouco mais de ouvidos a uma poeticidade. Alguém que está encolhendo, por isso se sente obrigado a deixar rastros, para que no dia que eu for microscópico, sigam as pistas do caminho para me achar novamente.
Eu comparo tudo. Tudo. Essa é uma atitude que quase sempre me deprime. Principalmente quando me comparo com alguém/algo. A maioria das comparações são desnecessárias. Me coloco um rótulo, com valores quase sempre abaixo do "normal". Então, rotulo o outro e lio, como se procurasse qual faz mais mal a saúde. Quase sempre eu.
Faltam alguns minutos para acabar. Para o público está tudo ok. Pra mim não está pronto. Nunca está pronto. Estou me sentindo esgotado. Acho que por quase nada eu já irei me acabar de chorar. Talvez seja necessário.
Daqui 34 minutos um turbilhão de coisas começará a me atingir. É assim que eu me sinto em relação a movimentação da minha vida. Um turbilhão. Que optei por entrar. E não me arrependo. Não me arrependo de ter parado por uma semana. Nem das vezes que quebrei o protocolo.
E sim, minha letra é péssima.
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